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Ibovespa fecha com alta discreta endossada por Embraer e WEG

RefinitivOkuma süresi: 6 dakika

Por Paula Arend Laier

O Ibovespa fechou com uma alta discreta nesta sexta-feira, com Embraer entre os suportes após dados de entregas do terceiro trimestre, assim como WEG, que prevê começar a vender na Europa no início do próximo ano recarregadores de bateria de veículos elétricos fabricados naquela região.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa IIBOV subiu 0,17%, a 144.200,65 pontos, chegando a 144.518,29 pontos na máxima do dia. Na mínima, registrou 143.675,62 pontos, com realização de lucros. Na semana, caiu 0,86%. O volume financeiro no dia somou R$16,29 bilhões.

De acordo com a gestora de renda variável Isabel Lemos, da Fator Gestão, o mercado tem mostrado um bom desempenho no ano, e setembro também registrou uma boa performance, então é natural a bolsa experimentar alguns movimentos de realização de lucros, para que alguns papéis que subiram muito "respirem" um pouco.

No ano, o Ibovespa acumula valorização de 19,88%. Em setembro, apurou alta de 3,4%.

Lemos ressaltou que o cenário permanece favorável para as ações brasileiras, dadas as perspectivas de novos cortes de juros nos Estados Unidos neste ano e começo de alívio monetário no Brasil a partir de 2026 — talvez ainda em 2025, a depender dos dados e das decisões do Federal Reserve.

"Há um viés ainda de que a bolsa pode continuar caminhando positivamente", afirmou, ponderando, contudo, que seria importante entrar dinheiro novo para a bolsa. Aí também entra a expectativa relacionada aos juros no país, que estão em patamares elevados e minam o apetite para a renda variável.

Estrangeiros, por sua vez, têm registrado saldo positivo neste ano, o que, na visão da gestora, pode aumentar caso o Federal Reserve continue reduzindo a taxa de juros dos EUA.

Nesta sexta-feira, Wall Street registrou novas máximas intradia para seus principais índices acionários, conforme as ações norte-americanas seguem também amparadas pelas perspectivas para os juros, mas o fôlego arrefeceu e o S&P 500 SPX fechou estável.

DESTAQUES

- EMBRAER ON EMBR3 avançou 1,31%, após a companhia divulgar na noite da véspera que entregou 62 aviões no terceiro trimestre, sendo 20 jatos comerciais, 41 executivos e uma aeronave de defesa. Na visão de analistas do Safra, a Embraer apresentou mais um trimestre sólido, permanecendo no caminho certo para cumprir sua projeção anual, apesar das pressões contínuas na cadeia de suprimentos.

- WEG ON WEGE3 subiu 0,75%, em sessão com evento da companhia com analistas e investidores, no qual executivos revelaram que a empresa deve começar a vender na Europa no início do próximo ano recarregadores de bateria de veículos elétricos fabricados na região, entre outras perspectivas. Analistas do JPMorgan reiteraram recomendação "overweight" para a ação após o evento, avaliando que tal iniciativa e outras, bem como o aumento da exposição da Weg em serviços, ajudarão a sustentar o crescimento de longo prazo da empresa.

- SLC AGRÍCOLA ON SLCE3 caiu 2,45% após previsões sobre área plantada para a safra 2025/26 divulgadas na véspera pela companhia, que também estimou um custo de R$7.112 por hectare plantado para o ciclo 2025/26, alta de 10,2% ano a ano. "Em relação às nossas expectativas anteriores, a combinação de uma composição menos favorável da área plantada e custos unitários mais altos estabelece um caminho mais desafiador para a SLC em 2026", afirmaram analistas do Bradesco BBI.

- AZZAS 2154 ON AZZA3 recuou 2,64%, engatando a quarta queda seguida, pressionada nesta sessão também pelo avanço das taxas dos DI. No varejo de vestuário e moda, C&A BRASIL ON CEAB3 subiu 0,25% e LOJAS RENNER ON LREN3 perdeu 0,68%. Em Nova York, MERCADO LIVRE MELI caiu 3,29%, tendo no radar relatório do JPMorgan cortando o preço-alvo e reiterando recomendação neutra para a ação dado ao ambiente de competição acirrada no ambiente de e-commerce brasileiro.

- RD SAÚDE ON RADL3 valorizou-se 4,5%, ganhando ritmo à tarde, vinda de duas quedas seguidas. Na véspera, o governo do Estado de São Paulo publicou medida que exclui um conjunto significativo de mercadorias do regime de substituição tributária do ICMS a partir de janeiro de 2026, incluindo medicamentos. De acordo com o economista Christian Iarussi, sócio da The Hill Capital, a mudança libera caixa para a empresa. "O mercado reagiu de forma favorável, embora ressalte riscos de execução e a necessidade de ajustes contábeis e fiscais", ponderou.

- AUREN ENERGIA ON AURE3 fechou em alta de 2,78%, também acelerando os ganhos na segunda etapa do pregão, no segundo fechamento positivo, após uma série de seis sessões seguidas de queda, período em que contabilizou uma perda de mais de 5%.

- VALE ON VALE3 recuou 0,19%, em mais uma sessão sem o referencial da China por feriado naquele país, com GERDAU PN GGBR3 como destaque de alta do setor de mineração e siderurgia novamente, com valorização de 1,92%. USIMINAS PNA USIM3 avançou 1,37% e CSN ON CSNA3 subiu 0,49%.

- PETROBRAS PN PETR3 fechou com declínio de 0,26%, sem conseguir acompanhar o avanço do petróleo no exterior. A estatal também divulgou nesta sexta-feira que iniciou uma concorrência para a contratação do navio plataforma do tipo FPSO P-91, que será a 12ª unidade a ser instalada no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. No setor, BRAVA BRAV3 cedeu 0,17%, tendo ainda no radar dados de produção do terceiro trimestre.

- BANCO DO BRASIL ON BBAS3 caiu 0,83%, em dia sem sinal único nos bancos, com ITAÚ UNIBANCO PN ITUB3 fechando em alta de 0,74%, BTG PACTUAL UNIT BPAC3 subindo 1,19%, enquanto BRADESCO PN BBDC3 fechou com variação positiva de 0,06% e SANTANDER BRASIL UNIT SANB3 cedeu 0,21%.

- MARISA ON AMAR3, que não está no Ibovespa, recuou 3,31%, após divulgar que a CVM pediu que a companhia refaça resultados de 2022 a 2025 para constituição de provisões relacionadas a processos tributários de uma controlada indireta. A companhia disse que está avaliando medidas, inclusive eventual recurso.

- AMBIPAR ON AMBP3, que não está no Ibovespa, desabou 49,09%, amplificando as perdas do papel, em meio a receios sobre "fragilidades na governança e na solidez do seu balanço patrimonial" após a companhia pedir e obter proteção contra credores. Desde que conseguiu a primeira medida cautelar que, entre outras medidas de proteção, suspendeu efeitos de cláusulas contratuais que acionariam a aceleração de dívidas do grupo, a ação já acumula um tombo de 85,9%.

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