Presenciamos nestas duas ultimas semanas um mercado extremamente otimista com a reabertura da economia e com a possível recuperação em V da economia americana. Otimismo sustentado pelo ultimo payroll, que revelou dados surpreendentes de retração nos índices de desemprego, quando a expectativa era de aumento para 20%.
Estes dados, despertaram uma euforia nos mercados e bastante apetite por risco, com os estrangeiros voltando a investir em mercados emergentes, como o Brasil, em busca de uma maior rentabilidade.
Os estímulos dos bancos centrais inundaram o mercado de liquidez, e parte deste dinheiro foi parar no mercado de capitais, colaborando ainda mais para o rali de alta nas Bolsas mundiais. S&P 500 atingiu os níveis pre Covid e Nasdaq estava batendo recordes históricos. O que, vamos ter que concordar, que não é muito coerente com o momento atual da economia.
Nesta ultima quarta feira se encerrou a reunião que define a política monetária dos USA. A expectativa dos mercados era de que os estímulos fossem mantidos. E foi o que de fato ocorreu. Acontece, que Powell, presidente do Fed, em sua entrevista, acabou dando um banho de água fria no excesso de otimismo dos mercados, e alertou para os riscos de recessão e dificuldade de recuperação e geração de empregos no próximo semestre, além de ter colocado em dúvida a confiança nos dados do ultimo payroll.
Esse choque de realidade de Powell, somado a um risco de segunda onda de Covid em algumas cidades dos USA, causaram uma onda de realizações. Uma correção que já era esperada. Mas a dúvida que nos acerca é "Até onde pode ir essa correção?"
Analisando o Grafico do S&P 500, vejo que já finalizou as 5 ondas de Elliot e entrou no ciclo corretivo, ABC, para que possa começar um novo ciclo de alta. Precisamos sempre estar atentos aos movimentos do mercado americano, pois o Ibovespa está diretamente correlacionado aos Indices americanos.
Analisando o Gráfico do Ibovespa, estamos vindo de uma sequência de altas de 20.000 pontos, praticamente sem correção. Vejo que ele atingiu o limite do canal de alta, aos 97.700 pontos, e iniciou o esperado movimento corretivo. Os próximos suportes que poderiam segurar a queda do Ibovespa são:
92.200 (suporte fraco, acredito que perca facilmente) 90.000 87.700 85.200 (meu palpite é que não passe dos 85.200)
Acredito em um movimento saudável de correção com alvo entre 85.200 e 87.700 pontos.
Devemos nos preocupar se o Índice perder os 85.200 pontos, pois então ele pode derreter e ir buscar novamente os 77.000 pontos.
Na minha análise macro econômica, vejo um mercado inundado de liquidez. Além do que, apesar dos riscos de uma segunda onda, os efeitos do Covid já não causam tanto pânico hoje quanto quando era totalmente desconhecido.
Vejo o mercado doméstico, de investidores Pessoa Física, suportando muito bem o Ibovespa. O apetite comprador ainda é grande e na próxima semana teremos Copom, com expectativa de redução de 0.75 p.p. na Selic. Com uma Selic de 2,25% ao ano, teremos uma migração ainda maior de capital para a Bolsa de Valores. Então acredito que após essa correção, o cenário ainda é de alta, e que não há motivo para pânico. Ibovespa vai novamente nos surpreender.
No gráfico, marquei em vermelho os possíveis pontos de suporte que o Índice pode atingir nesta correção. Meu palpite é que chegará entre 85.200 e 87.700 pontos. Vamos acompanhar os movimentos de perto.
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